quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Mãe

Mãe lendo o computador
Mãe: Filha você viu aqui que deu no site da Ana Maria, que quem fica muito tempo no celular, tende a ter atitudes explosivas?
Filha: (Muito braba) Noss, mãe nada ver, ó as ideia fica lendo essas matérias aí, nossa nada ver.

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 Mãe lendo o computador
Mãe: Filha você viu aqui que deu no site da Ana Maria, que quem come escondido acaba ficando muito desconfiado?
Filha: (escondendo chocolate) Mãe cê tem certeza disso? Esse site é confiável? Mãe a Dlma comprou a globo, cê tá ligada né?

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 Mãe lendo o computador
Mãe: Filha você viu aqui que deu no site da Ana Maria, que quem assiste muito novela fica cada vez mais burro?
Filha:  (Vendo Novela) Dãã mãe isso não tem nada a ver. (Acerta o sorvete na testa)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Drogas

Uma mãe lendo na internet um texto, lê em voz alta pro filho.

Mãe: Filho, você sabia que tomar drogas causa espasmos musculares e deficit de atenção?
FIlho com um espasmo no pescoço.
Filho: Desculpa mãe não tava prestando atenção.


Multas

Esse ano levei 9 multas, a última que recebi estava escrito.
"O Orgão de trânsito responsável, notifica vossa senhoria, do churrasco de final de ano, dos clientes mais lembrados".
É sério com o dinheiro que vou gastar com as multas dava pra comprar três unos. Com o número de pontos que ganhei dava pra passar folgado em matemática.
O  policial do radar não tira mais nem foto, tira selfie comigo.
E o carro ainda nem é meu, ainda é do banco, vai ser meu só lá por agosto, por enquanto o que é meu é só o IPVA, e as multas. Inclusive esse ano, fiquei sem férias por conta dessas contas, minha mãe disse que eu preciso ter carro, que é um conforto. Conforto vai ser de quem recebeu toda minha grana, a pessoa vai poder comprar três unos.
Eu, eu to aqui ferrado, sem poder sair de casa, tem um cara com um radar no poste de luz aqui de casa.







Mágico Caciano

domingo, 27 de dezembro de 2015

Presente

Quando era criança minha mãe disse que presente não era bem mais que um bem material, que simbolizava o amor, que uma pessoa tinha pra outra, como o ato de dar algo mostrava que essa pessoa se importava verdadeiramente com a alegria e a felicidade de quem recebia o presente. E me deu uma cueca.
Juro pra você, nunca chorei tanto em toda minha vida de 5 anos de idade. Gritei pro mundo que cueca não era presente, eu queria uma das tartarugas ninja e ela me deu uma cueca? Como se brinca com cueca? Só se eu brincar de super-mini-homem.
E ela me deu embrulhado num pacote colorido, parecia mesmo algo de se brincar.
Meu tio na sala tentou ajudar com uma de suas piadas, disse ele:
Sabia Cassiano que a cueca tem esse nome, porque um velho rei viu um de seus servos pelados e gritou:
CU? ECA!!! COLOCA ISSO RAPIDÃO. (jogando um tecido com três furos em direção ao peladão)
Não adiantou, não fiquei melhor.



Hoje eu entendo que naquele natal, minha família tava em dificuldades pra poder comprar um brinquedo, e até hoje eu me arrependo de ter deixado minha mãe tão magoada e sentida. Mas agradeço ela, pois por não ter com o que brincar, descobri que o presente era o embrulho de um brinquedo que levaria pra vida toda.

Será que chove?

Nunca achei nem um outro jeito melhor de puxar assunto com alguém que conheço pouco.
Se eu falar de política, pode ocasionar uma briga, porque vai que ela defenda o Bolsonaro, e eu sendo uma pessoa normal devo cortar a língua dela para que deixe de emitir opiniões. Acho que não é uma boa puxar papo com politica.
Se eu falar e aí, e a novela? E ela não souber continuar o papo sobre a Sol ter atravessado pros estados unidos, vou ficar frustrado. (Eu sei que a novela já acabou, mas era uma novela incrível, tinha o boi bandido e tudo).
Sou muito burro pra um assunto mais intelectual como, pra onde foi o é o tchan? Prefiro o bom e velho, e aí será que chove?
Um amigo meu fez faculdade de meteorologia, só pra poder responder like a boss a essa pergunta. E o mais interessante é que por conta dessa habilidade para falar das nuvens ele é o cara que mais sai com mulheres que eu conheço.


Vocês não sabem quanto que anda chovendo na horta dele.  

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Profissão

Comecei minha vida profissional fazendo sites, sabe o famoso sobrinho que faz sites baratinhos? Era eu. Depois, entrei pro incrível mundo dos crimes cibernéticos criando um site de download de filmes, ganhei dinheiro, comprei um carro, e fui ameaçado de um processo, pro infringir direitos autorais e prestar um desserviço para as pessoas porque coloquei para download, as aventurais sexuais do Alexandre Frota. Migrei para o mundo glamuroso da magia, onde teria belas partners, um público gigante para me aplaudir de pé e xis bacon sempre que eu quisesse.
Mas a realidade é dura, e logo me percebi em uma festa infantil, tentando competir com brinquedos Infláveis, salgadinhos e refrigerante. As crianças me chutavam e gritavam que mágica não existe.
Mas alguém percebeu meu dom, e me chamou pra trabalhar num projeto bacana que leva palhaços para dentro de hospitais. O problema é que eu detestava palhaços, e não curtia esse lance de ficar perto de doentes, vai que eu pegasse AIDS, câncer ou algo terminal, tipo uma gravidez?
Mas estudei a proposta, e me encantei pelo trabalho, estudei a arte do Clown (que ouvi depois, que é um palhaço gay). Fiquei dois anos trabalhando por lá. Nesse meio tempo descobri outra coisa, o mundo encantador de animar festas, adultos crianças, idosos, festas de casamento, aniversário, festa de time, final de ano de empresa, e comemoração de morte de sogra, fiz de tudo.
Já fui: Saci-Pererê, vidente, traveco, pirata, sol, super-heroí, Elvis Presley, e o pior Zorro. Pior porque fui crente que ia ser o máximo. A festa era espanhola, eles pediram um personagem típico, eu fui de zorro. Chegando na festa descubro que o zorro é mexicano, pra concertar digo que o meu é do Paraguay.

Quantas vezes me senti incomodando e incomodado, tentando tirar um sorriso e recebendo cara de "Cara-pelo-amor-de-Deus-faz-esse-maluco-sumir-da-minha-frente-antes-que-eu-ataque-ele-com-um-cortador-de-unha", não dá pra contar nos dedos.
Do jeito que a vida anda, esses ainda vão ser as melhores lembranças da minha vida profissional.

Praia

Não é que eu não gosto da praia, eu tenho mesmo pavor de praia. Todo mundo que eu via de roupa está de sunga com, na sua maioria, os corpos estranhos a mostra. E tem aquele tipo que malha o ano todo, e mesmo se por acaso, estiver chovendo e menos três graus, não coloca a camisa por nada, pelo simples gosto de dar na cara de quem é feio, magro e tem preguiça pra ser alguém melhor.
Eu sou branco cemitério, sabe? Aquele tipo que você acha que é cosplay do zé gotinha.
Na escola, eu pintava minha mãe com o lápis marrom, meu pai com o rosinha, e eu, eu não precisava me pintar, deixava cor da folha. Minha mãe não deu a luz, deu uma companhia elétrica inteira.
Eu morei na praia seis meses da minha vida, e até tentei pegar uma cor. Peguei a cor vermelha. Achei que não combinou muito com a cor dos meus olhos.
Na praia ainda tem calor, carro com som alto e música ruim, comida ruim, pernilongo, e na praia que eu vou, barro na água, parece um mar de cocô, se eu entro na água, pelo contraste, pareço um espermatozoide.
Eu uso óculos, não enxergo absolutamente nada sem eles. Entrar na água com eles não rola, primeira onda e eu perco a visão e um óculos de R$700,00. Ficar sem eles é como ser politico em Brasilia, você não enxerga nada nunca.
Peguei trauma de praia aos 9 anos. Estava eu com uma daquelas super pranchas de isopor, tentando pegar a onda perfeita e ser viril para as pequenas gatinhas da praia. Quando me percebi num daqueles episódios do Discovery, clamando pelo salva vidas. Ele veio correndo em minha direção, para delírio das tias da praia que viam seu belo corpo em ação, e eu nada másculo para as meninas que faziam belos castelos de arreia, chorava como uma criancinha de 9 anos.
A praia não gosta de mim, mas quando morrer quero ser cremado e jogado ao mar, pelo não tenho como ficar mais queimado do que já vou estar.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Aula de Educação Física

Eu era Nerd numa época que não era hipster ser nerd, sofria bullyng numa época em que era só brincadeira isso aí, apanhava dos meus coleguinhas numa época em que apanhava quando chegava em casa por ter apanhado.
Obviamente não era bom em esportes, então era o único que gostava mais das aulas de matemática do que as de educação física. Nas aulas de matemática eu era o craque, era o cara que todo mundo queria de dupla. Nas aulas de educação física eu era escolhido pra dupla depois do cadeirante (porque ele mandava bem demais no handebol).
Gostava das aulas de educação física apenas quando chovia, aí eu me dava bem de novo, porque nos jogos de mesa tipo dama, xadrez e dança da cadeira era imbatível.
Por isso ainda hoje quando chove sinto uma alegria interna de não precisar fingir uma dor de cabeça pra não precisar jogar futebol

Amor de infância

Hoje não é muito bonito, mas na sua infância não era muito parecido com um ser humano. Mesmo com sua carcaça prejudicada pelo simples fato de nascer, ele amava alguém.
Era uma menina que era muito inteligente assim como ele, os dois sempre ganhavam a "Maria Mole" que era o prêmio de aluno mais aplicado da semana.
A menina era mais que perfeita, mais porque pra ser perfeita precisava só de cinco dedinhos, mas ela tinha seis.
Ele era mais que perfeito, mais porque pra ser perfeito precisava de dois olhos, mas ele tinha quatro.
A história deles nunca aconteceu, pois assim como o a Maria, o menino era Mole também. O menino só conseguiu amar de novo anos depois, na terceira série.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Elogios

Um casal conversa:

HOMEM:   Você tem olhos lindos!
MULHER:  Que que tem de errado com minha boca?
HOMEM:   Não, seu rosto é lindo.
MULHER: Cê tá dizendo que meu corpo é feio?
HOMEM:   Cara, você é linda de corpo, você é gostosa!
MULHER: Você acha agora que eu sou um objeto sexual?
HOMEM: Não, não.. Você é linda e inteligente.
MULHER: Então porque você nunca me elogia? 



Elogio.

Como é difícil dar elogios hoje em dia né? Mesmo o mais sincero dos elogios pode sair como uma bomba em relacionamento. Como aquela antiga piada: A mulher fala pro marido:Amor to me sentindo meio gorda, me da um elogio pra eu me sentir bem?Aí o marido responde:Lindona do meu coração, você está enxergando perfeitamente. Nhuc!Bom o vídeo não tem a ver com a piada, mas tem a ver com amor, amor de verdade, e sobre elogios sinceros.

Posted by Caciano Kuffel on Domingo, 27 de dezembro de 2015

Assaltado

Roubaram meu celular no sábado. O bom é que não recebi mais nenhum vídeo de gatinho do Whatsapp desde então.
Não é horrível, quando alguém pede pra tu passar o celular e ela não tá falando do número?
Ficar sem celular é mesmo horrível, tive que fazer coisas como conversar com pessoas e ler livros pra passar o tempo.
O engraçado desse assalto, é que dois sujeitos chegaram pra mim pedindo dinheiro, eu dei. Quando um deles anunciou o assalto o outro fico gritando: "É ele quem tá te assaltando, eu não sou assaltante não". Acho que eles formavam uma dupla tipo assaltante bom assaltante mau.
Eu ouvi dizer que assaltante não teve escolha pra cair nesse mundo, e que ele precisa do celular mais do que eu preciso. Mas pelo jeito dele, ele não iria comprar comida, ou leite pra seus filhos com o dinheiro do celular. Ele iria comprar crack, álcool ou algo pior, um boné de aba reta.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Vícios

    Meu pai fuma 5 carteiras de cigarro por dia, mas não gosta que eu tome energético porque dá gastrite. Ele diz que fuma pra ficar tranquilo, paciente, que é menos perigoso ter câncer de pulmão que mandar minha mãe a merda.
    Minha mãe é viciada na fazenda, que tem mais efeitos colaterais que o cigarro. O cigarro te dá impotência, e câncer mas a longo prazo. Quando assisti a fazendo me deu vômito, disenteria, e vontade de me matar furando os olhos com uma chave de fenda quente.
     Eu sou viciado em dormir, gosto tanto de dormir que eu não tenho mais botão soneca, no meu tá escrito "Continuar em Coma".

Alpestre

Fui parar numa cidade chamada Alpestre, ela é o Acre do Rio Grande do Sul. Ninguém sabe se existe, tem índio, e o Belo o cantor seria rei da beleza na cidade. Lá eles não usam o Windows usam o Windio, não tem Instagram, tem Instagrama, pra se pegar usam o Tíndio.  Lá quando eles assistem o Jornal Hoje, já é Jornal Mês Passado. Eles podiam incluisve ganhar dinheiro, como cura pra depressão.

"Você que está se sentindo com vontade de morrer? Vem pra Alpestre, nada pode ser pior" 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Aula de Teatro

Teve um tempo que eu queria ser ator de teatro, hoje já decidi ser uma pessoa normal, sem problemas graves mentais. A primeira aula de teatro que eu fui, eu fui cheio de boas intenções, querendo me tnaasformar no Antonio Fagundes, e ser a estrela do próximo Rei do Gado, ser amado pelo mundo inteiro, sem maiores pretensões.

A professora, segundo me disseram era conceituada, tinha vindo da Italia, e entendia muito de teatro, eu que não entendia o que ela falava. Ela ensinou uma especie de dança maluca, em que você dança como quem está com vontade de ir ao banheiro no meio de um despacho da pomba-gira, ela chamava essa dança de "A Dança dos Ventos". Confesso que achei estranho, mas pensei: O Antonio Fagundes deve ter dançado muito isso pra fazer o Rei Do Gado. 

Ai fui eu lá todo animado dançar isso, mas eu descobri que não era só uma dancinha, isso foi toda a aula. Acho que ninguém gostou, também. No final da aula fizemos um circulo e todos gritaram que foi muita Merda. 

No outro dia não fui, não porque não tava querendo ir, mas as minhas pernas se recusaram a se mexer, inclusive falaram que precisavam de muita água e férias na Bahia pra se recuperar.  Fui no dia da apresentação da professora pra entender um pouco mais desse mundo, entendi menos.
A cortina abriu, ela fez a dança enquanto gritava palavras sem sentido. Num momento me deu um estalo, ela era a atriz dos comerciais da MTV que eu também nunca entendi. 

Incrível Alergista


       Hoje eu fui a um Alergista. Eu estou com umas perebas na linha toda do meu corpo. Eu achei que ia morrer e fui ver o que era. 
     
 Lá eu descobri que eu vou morrer mesmo, não de alergia, de fome. A consulta foi R$300,00, os remédios R$200,00, mais as capas anti-alérgicas pro travesseiro e pro colchão R$280,00, nem são capas do Batman, são só capas. As do Batman são contra tiro, a minha é contra fungo. 

     Eu descobri que tenho alergia a tudo que é muito felpudo, coberta, gato, Tony Ramos. Até mandei minha namorada se depilar haha, aí lembrei que ela é inflável. 

       Isso de alergia, é a doença mais fresca do mundo. Eu nunca vi um mendigo com alergia. Mendigo não tem alergia, sabe o que ele tem? Frio. Tenho alergia a camarão, nunca vi um mendigo com alergia a camarão, sabe o que ele tem fome? Tenho alergia a plástico, não posso usar Crocs por exemplo. Mendigo não tem alergia a Crocs, tem vergonha na cara, que ele é mendigo não é bagunça. 

O alergista era legal, um senhor de 80 anos que passou a mão no meu corpo todo, Ele me contou do dia em que curou a alergia de um domador de circo em elefante, foi a parte dos R$300,00 que eu mais gostei gastar. 
Engraçado eu ter alergia a coisas felpudas, desde criança nunca ouvi essa palavra a não ser como trocadilho ruim pra fazer Bullyng comigo. Meu nome é Caciano Kuffel, meus grandes amigos da escola gritavam, lá vai o Caciano Kuffel pudo.